Estudantes do 6º ano visitam sítio arqueológico em Jaguaruna/SC

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Em junho de 2018, educadores e educandos de três turmas de 6º ano do ensino fundamental participaram de uma visita para o reconhecimento do sítio arqueológico Sambaqui Garopaba do Sul. As E.B.M.’s (Escolas Básicas Municipais) contempladas foram: Profª Dalcy Ávila de Souza, Luiza Nicolazzi Gomes e Antônio João Mendes, todas localizadas no município de Jaguaruna, litoral sul de Santa Catarina. A saída do ambiente escolar cotidiano aconteceu mediante autorização prévia dos país e/ou responsáveis pelos estudantes.
As atividades de Educação Patrimonial estão previstas no programa de monitoramento arqueológico realizadas pela Espaço Arqueologia no empreendimento de mineração de areia realizada pela multinacional Sibelco, em Jaguaruna.
O objetivo da visita foi, a partir da observação direta, relacionar os conteúdos introdutórios dialogados em sala com o contexto encontrado em campo, possibilitando aos estudantes uma abordagem mais ampla e instigante.
O mesmo cronograma foi seguido com as três turmas. Após a entrega das autorizações assinadas, docentes e discentes embarcaram no ônibus disponibilizado pela Sibelco. A primeira parada aconteceu nas dependências da empresa, que foi apresentada aos educandos. Nesta etapa, foi falado sobre o trabalho desenvolvido no empreendimento e a finalidade do material extraído. Ainda na Sibelco, os jovens fizeram um lanche fornecido pela empresa antes de darem continuidade nas visitas.
A turma embarcou novamente no ônibus, agora com destino ao sítio arqueológico Sambaqui Garopaba do Sul. Os estudantes ficaram muito empolgadas em estarem no sítio, e alguns se mostraram surpresos em perceber seu tamanho. Outros relataram que já estiveram ali junto com parentes, ou até mesmo já andaram de moto sobre o sítio. Imediatamente, foi conversado sobre a importância de se preservar os sítios arqueológicos que, no caso dos sambaquis, atualmente sofrem destruição com as atividades de motociclismo.
Os estudantes foram convidados a observar a paisagem e instigados a dizerem o que viam. Em seguida, foi relembrado que os sambaquieiros eram pescadores, associação facilitada através da observação do ambiente aquático tão próximos do olhar. Foi percebido, também, que as casas atuais seguem a mesma lógica geográfica da ocupação dos sambaquis, confirmando o ambiente propício a moradia e a fonte de alimentos.
A educadora patrimonial que acompanhou toda a visita, Mayla Steiner, aproveitou a análise para relembrar as datações para aquele sítio arqueológico, e muitos se mostraram surpresos com sua antiguidade. Na sequência, foi conversado sobre artefatos arqueológicos e as espécies encontradas em alguns sambaquis. Como exemplo, foi citado os dentes de tubarão e como provavelmente eram obtidos. Foi relatado ainda sobre os sepultamentos, e como geralmente são encontrados.
Nos momentos finais da visita, os estudantes foram instigados a apreciarem a paisagem e refletirem sobre o modo de vida dos sambaquieiros. Vez ou outra, algum jovem questionava sobre algo específico: “como conseguiram juntar tantas conchas no mesmo local?”, ou “como eles viviam ali em cima”? A conversa foi mediada de modo a fazer com que desenvolvessem hipóteses de resposta, aproveitando os questionamentos para, mais uma vez, relembrar as temáticas discutidas em sala de aula.

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