Monitoramento Arqueológico no sudoeste do Paraná

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Localizada no médio curso do Rio Santana, que por sua vez está inserido na bacia hidrográfica do baixo curso do Rio Iguaçu, a Pequena Central Hidrelétrica Vila Galupo está em fase de implantação. A área de influência direta da PCH, assim como seu entorno, tem colocado em evidência registros arqueológicos que ajudam a entender o processo de ocupação humana naquele ambiente desde o período pré-colonial.
As pesquisas arqueológicas estão sendo realizadas nos municípios de Bom Sucesso do Sul e Francisco Beltrão, região do sudoeste paranaense.
Na primeira fase do projeto, durante as prospecções arqueológicas realizadas no ano de 2016, foram identificados no local o total de seis sítios arqueológicos, denominados Rio Santana 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Tratam-se de sítios líticos a céu aberto, localizados em ambas as margens do Rio Santana. Além destes sítios, nessa mesma área, em um raio de 5 km, estão registrados os sítios Jacaré 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Tal conjunto de sítios aponta para o alto potencial arqueológico desta região banhada pelo Rio Santana.
Durante a implantação da PCH Vila Galupo, a arqueóloga Alquizia Dorcas está realizando o Monitoramento Arqueológico, atividade em que a profissional está presente em tempo integral durante a execução das obras. Este procedimento, além de evitar que danos sejam causados aos sítios arqueológicos já registrados, possibilita que uma investigação mais detalhada possa ser realizada. Esta importante etapa de pesquisa continuada é caracterizada pela atenção aos locais onde a superfície se encontrava coberta por vegetação no momento dos trabalhos de prospecção arqueológica, assim como na subsuperfície das áreas onde ocorrem atividades de movimentação do solo e em locais com potencial arqueológico no entorno.
Como resultado parcial alcançado até o presente momento, a pesquisadora da Espaço Arqueologia identificou duas ocorrências arqueológicas, compostas por vestígios líticos em pequena quantidade. Tais resultados confirmam o potencial da área, no que diz respeito à geração de informações sobre o longo tempo de ocupação das margens do Rio Santana por populações humanas. As atividades atestam, também, a importância do Monitoramento Arqueológico para a proteção do patrimônio arqueológico brasileiro e para o entendimento da arqueologia regional.

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