Benzedeiras e benzedores na Câmara Municipal de Florianópolis

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O ato de benzer é uma tradição que desafia a medicina tradicional. Até o século XX, nos interiores do Brasil, a prática poderia ser a única chance de cura e, mesmo nos dias de hoje, esse conhecimento popular ofuscado pela modernidade ainda resiste ao tempo.
Pensando em ampliar o acesso às pessoas que detém esse saber na capital catarinense, colaboradoras da Espaço Arqueologia criaram O Mapa das Benzedeiras. O guia faz parte do projeto “As benzedeiras de Florianópolis: inventariando saberes”, viabilizado a partir da premiação do edital Elisabete Anderle da Fundação Catarinense de Cultura, na categoria Cultura Imaterial, programa de estímulo à iniciativas culturais e artísticas no estado.
Atendendo à solicitação do vereador Marquito do PSOL, o projeto foi levado para o conhecimento do plenário da Câmara Municipal de Florianópolis. Durante a sessão Grande Expediente, ocorrida em 8 de abril de 2019, foi prestada homenagem ao saber secular com a participação de 8 benzedeiras e 2 benzedores. Cerca de 80 ouvintes foram especialmente para conhecer a prática e lotaram a área aberta ao público.
Durante a apresentação, a cientista social Dra. Tade-Ane Amorim socializou os resultados do projeto, destacando a importância de existirem editais públicos de incentivo ao patrimônio cultural. Argumentou ainda que as práticas de benzimento são viabilizadas numa configuração urbana, que possibilita ocupar os espaços públicos e conhecer os vizinhos.

Na sequência, a plenária abriu espaço de fala para Dona Ondina, benzedeira do Ribeirão da Ilha e uma das mais antigas na capital. Para finalizar a sessão de maneira especial, os presentes receberam benção coletiva.

Crédito fotos: Pedro Amorim.

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