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Estudo resultou na identificação de dois sítios inéditos no vale do Rio Aporé.

A pesquisa realizada pela equipe da Espaço Arqueologia no local em que futuramente será instalada uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), resultou na identificação de 2 sítios arqueológicos inéditos entre os municípios de Cassilândia (Mato Grosso do Sul) e Aporé (Goiás).

Os sítios, ambos líticos pré-coloniais, estão localizados nas margens do Rio Aporé, e se caracterizam pela dispersão de materiais lascados na superfície, podendo estar associados aos antigos caçadores-coletores da região centro-oeste do Brasil.

Os vestígios arqueológicos foram encontrados durante a etapa de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico do empreendimento hidrelétrico e, posteriormente, poderão ser estudados em um Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico.

Além do mapeamento dessa pesquisa, a base de dados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN registrou outros 3 sítios no município de Cassilândia (MS) e 4 sítios no município de Aporé (GO).

Vale destacar que o Rio Aporé banha os estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, servindo também de divisa natural entre estes dois estados. Ao longo de seu percurso, o rio contribui para a formação de uma paisagem com corredeiras, saltos e lajeados e ajuda a esculpir formas do relevo como terraços fluviais e praias de seixos.

Do ponto de vista da pesquisa arqueológica, essas características do ambiente favoreceram o assentamento de grupos humanos desde tempos remotos. Recursos naturais como água, formas do relevo propícias para habitação ou acampamento temporário, e fontes de matéria-prima como afloramentos de rochas com propriedades favoráveis ao talhe para a confecção de instrumentos de caça, constituíam importantes elementos para o desenvolvimento das atividades dos grupos humanos que habitaram a região há pelo menos 11.000 anos atrás.

Além das atividades de pesquisa, também foram realizadas ações de extroversão e divulgação dos bens acautelados pelo IPHAN presentes nos municípios. O público participante envolveu entidades públicas ligadas à cultura e educação, além da comunidade local.
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