Espaço Arqueologia participa de comemoração pelo Dia Mundial do Meio Ambiente

A Conferência de Estocolmo, realizada na capital sueca pela Organização das Nações Unidas (ONU), instituiu em 5 de junho de 1972 o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data tem como objetivo principal chamar a atenção para os problemas ambientais e a importância em preservar os recursos naturais considerados, até então, inesgotáveis.
Transferido para 13 de junho de 2018, devido à greve dos caminhoneiros ocorrido na semana anterior, a Câmara dos Vereadores de Jaguaruna, localizada no sul de Santa Catarina, realizou uma palestra para abordar temas de cunho ambiental. O Plenário Vereador Alicio José Bitencourt estava lotado com estudantes de escolas municipais, do EJA (Educação de Jovens e Adultos) e do Terceirão, que se interessaram em saber mais sobre as questões envolvendo sustentabilidade e meio ambiente, assim como o contexto arqueológico presente na região e a contribuição dos estudos científicos que vem sendo realizados por diferentes grupos de pesquisa. A palestra, seguida de sabatina e debate foram orientados pelo colaborador da Espaço Arqueologia, Dr. Raul Viana Novasco.
A data se mostrou relevante para fomentar debates sobre a questão dos cercamento dos sítios sambaquis do município, como o de Garopaba do Sul, um dos maiores patrimônios arqueológicos de Jaguaruna. Atualmente esses sítios vêm passando por recorrente degradação causada por atividades radicais com motocicletas e buggys, que sobrepassam os sítios arqueológicos monticulares.
Raul Viana Novasco é graduado em História pela Universidade do Sul de Santa Cataria (UNISUL – Tubarão/SC), e possui mestrado e doutorado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS – São Leopoldo/RS).
Desde a graduação, Raul se dedica à pesquisas arqueológicas vinculadas a projetos acadêmicos ou a programas de licenciamento cultural e, recentemente, defendeu a tese intitulada “Arqueologia e Estudo Paleoambiental no Planalto de Santa Catarina”, onde trata das relações entre a ocupação indígena e as características ambientais do planalto catarinense nos últimos 3 mil anos.

Fotos Reprodução: Jcidalencio