Estudos arqueológicos e dados etno-históricos registram a presença de povos Jê Meridionais na região há mais de mil anos. Tais registros são encontrados em sítios arqueológicos como as casas subterrâneas e áreas de concentração de cerâmica da Tradição Itararé-Taquara, além da documentação histórica, que traz informações sobre a relação entre os não-indígenas e os povos Xokleng e Kaingang.
Valdir Luiz Schwengber, arqueólogo coordenador da pesquisa lembra que, em outro projeto desenvolvido pela equipe da Espaço na região de Palmas, obteve-se uma datação de 1140+-30 A.P. para a primeira ocupação de uma casa subterrânea que compõe o sítio Santa Terezinha I, localizado no município de Passos Maia (SC), vizinho à Palmas.
Schwengber complementa afirmando que “Os sítios arqueológicos da região são o registro material da história de longa duração da ocupação dos Jê Meridionais na região dos Campos de Palmas até a instalação das primeiras fazendas de gado. Há, ainda, os sítios associados aos caçadores-coletores e que são os mais antigos registros da presença humana. Para esses, não conseguimos realizar associações de filiação linguística, cultural ou étnica.”
Junto das pesquisas de campo, foram realizadas ações de divulgação da pesquisa e esclarecimentos a respeito dos estudos arqueológicos e dos contextos existentes na região. Com isso, além de produzir novos conhecimentos, a pesquisa proporciona a socialização daquilo que já se sabe sobre a ocupação humana da região.