Em direção ao sul, a paisagem muda, e as esculturas em arenito dão lugar a cadeias de morros alinhados compostos por rochas mais resistentes (os quartzarenitos) e afloramentos menos verticalizados. Contudo, nos poucos locais em que há afloramentos de arenito, são encontrados sítios com pinturas rupestres.
Nessas áreas, onde os arenitos dão lugar aos quartzarenitos, outros tipos de sítios são encontrados.
Na última pesquisa realizada pela equipe, nos municípios de Brotas de Macaúbas e Seabra, um sítio lítico e um sítio cerâmico foram mapeados, ambos pré-coloniais. A pesquisa ainda está em sua primeira etapa, mas já foi possível verificar que, com a mudança da paisagem e a variação de disponibilidade de recursos, diferentes funções eram atribuídas aos lugares inseridos no território dos grupos humanos do passado.
Para o arqueólogo Jedson Francisco Cerezer “ler a paisagem a partir dos seus aspectos geográficos, ajuda na interpretação sobre o uso de diferentes recursos pelos povos do passado, assim como permite definir, de forma preditiva, o potencial arqueológico local e as tipologias de sítio com maior probabilidade de ocorrência.”
Valdir Schwengber, coordenador geral dos projetos desenvolvidos pela Espaço Arqueologia na Bahia, conclui que “estudos regionais, que abrangem diferentes compartimentos ambientais contribuem para o estabelecimento de panoramas mais amplos do processo de ocupação humana e, nos últimos anos, temos conseguido ter essa visão macro sobre essa região que se localiza entre o São Francisco e a Chapada Diamantina”.
Até o momento, os estudos se detêm na avaliação do potencial arqueológico das áreas e no mapeamento dos sítios arqueológicos, sendo que em etapas futuras da pesquisa, será possível aprofundar informações acerca da cultura material que compõe esses sítios arqueológicos.