Estudos arqueológicos são realizados no município de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, estado do Paraná

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As pesquisas ocorreram no âmbito do licenciamento de loteamentos residenciais

Inseridas no Planalto Meridional Brasileiro, as áreas pesquisadas, possuem características fisiográficas comuns às terras altas do sul do Brasil, compreendendo aspectos do relevo como topos de morros com cotas entre 850 e 920 metros acima do nível do mar, onde se encontram nascentes e corpos d’água de pequeno porte, assim como, aspectos da flora, com destaque principal para a mata de araucária.

De acordo com o histórico das pesquisas arqueológicas já realizadas, este ambiente, vem sendo ocupado há milhares de anos por diferentes populações humanas, cada qual, com seus modos de vida e sua cultura material. Os vestígios materiais da presença desses grupos, ainda podem ser encontrados em sítios arqueológicos.

Para o município de Pinhais/PR, até o momento, ainda não existem registros de sítios arqueológicos, contudo, para os municípios vizinhos e em toda a região metropolitana de Curitiba, há dezenas de sítios registrados, entre os quais constam sítios pré-coloniais e históricos, que indicam um processo de ocupação humana que teve início na transição do pleistoceno com o holoceno com grupos caçadores coletores (cerca de 10 mil anos A.P.), seguindo, por volta de 2 mil anos A. P. (antes do presente), com as primeiras ocupações empreendidas por povos horticultores, os quais permaneceram na região até o início do processo de colonização.

Considerando este histórico, uma equipe da Espaço Arqueologia realizou estudos arqueológicos em duas áreas do município de Pinhais-PR, sobre as quais serão instalados empreendimentos imobiliários. Essas pesquisas tiveram como objetivo principal, a verificação da existência de sítios ou evidências arqueológicas nos locais afetados pelos empreendimentos e, com isso, realizar uma avaliação sobre os possíveis impactos que poderiam ocorrem com o patrimônio arqueológico. A metodologia de pesquisa consistiu na realização de caminhamentos sistemáticos e na escavação de poços-teste em toda a área do estudo. Como resultado, não foram identificados vestígios e sítios arqueológicos nas duas áreas pesquisadas.

Ainda no âmbito de desenvolvimento dessas pesquisas, foram realizadas atividades de divulgação sobre os bens acautelados e esclarecimentos sobre as pesquisas realizadas. As ações consistiram em conversas entre os pesquisadores e os moradores sediados nas proximidades das áreas estudadas, tendo como temas, a arqueologia, os sítios arqueológicos característicos da região e a necessidade de preservação do patrimônio arqueológico. Para auxiliar nas conversas e permitir uma leitura posterior, foram entregues materiais informativos com conteúdo abordando as etapas de execução das pesquisas arqueológicas em empreendimentos passíveis de licenciamento ambiental.

As pesquisas ora realizadas, além de contribuir para o conhecimento científico acerca do histórico de ocupação humana da região, representam, ainda, o cumprimento da Lei n° 3924/61, que proíbe a destruição de sítios arqueológicos, cumprindo também, as orientações da Instrução Normativa n° 01/2015, do Iphan, que regulamenta os procedimentos e estudos arqueológicos desenvolvidos no âmbito de processos de Licenciamento Ambiental.
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