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Dois abrigos rochosos foram submetidos a documentação digital e registro escrito, levantamento realizado pela equipe da Espaço Arqueologia. O trabalho aconteceu em Jaciara, município localizado no sul mato-grossense, onde foram identificados os sítios com pinturas rupestres Águas Claras I e II, que estarão em fase de análise em laboratório nas próximas semanas.
No início de abril de 2018, a equipe composta pelo arqueólogo coordenador, Dr. Jedson Francisco Cerezer e a colaboradora Raquel Schwengber estiveram no Mato Grosso para registrar os desenhos, com o apoio do arqueólogo de campo Thiago Bordignon. Jedson também é mestre em Arqueologia Pré-Histórica e Arte Rupestre pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, de Vila Real, Portugal, e foi colaborador do Laboratório de Arte Rupestre do Instituto Terra e Memória, ITM, também em Portugal. Esta etapa da pesquisa arqueológica atende as exigências legais para o licenciamento da Pequena Central Hidroelétrica Água Brava, onde já ocorrem atividades de monitoramento arqueológico há 1 ano. 
Jedson afirma que “será preciso um trabalho laboratorial intenso para chegar nos resultados esperados, pois a maioria das pinturas encontradas estavam deterioradas” e complementa “as vezes as imagens são difíceis de se observar a olho nu, prejudicando seu registro e consequentemente a posterior análise”.
A equipe visitou também um outro sítio de arte rupestre, com desenhos conservados e nítidos a olho nu. O Vale das Perdidas, também em Jaciara, abriga painéis com inúmeras pinturas, e foi o cenário escolhido para a produção do episódio sobre Arte Rupestre, parte integrante da série “Conhecendo a Arqueologia”, idealizada por Raquel Schwengber. A ideia da série é mostrar de maneira simples e didática as fases da pesquisa arqueológica, e conta com a participação de colaboradores de diversas áreas da Espaço Arqueologia. A visita também teve o intuito de observar características dos sítios arqueológicos de arte rupestre já conhecidos, no intuito de estabelecer relações destes, com os sítios inéditos descobertos e agora documentados pela equipe da Espaço Arqueologia.
Em paralelo, foram realizadas atividades de Educação Patrimonial nas escolas da região da PCH Água Brava, onde estudantes tiveram uma aproximação com o contexto arqueológico regional através de aulas expositivas sobre Arte Rupestre.